O interesse por conhecer como se desenvolveu a vida monástica na Antiguidade e na Idade Média atinge a imaginação de todos. Um exemplo recente e mundialmente celebrado é o do romance histórico O Nome da Rosa de Umberto Eco, que ambientou sua trama no interior de uma comunidade de monges, na biblioteca, no scriptorium, no dormitório, no refeitório e em outros espaços e ambientes monásticos.
Uma estória que se passa nos primórdios do século XIV e que sugere que aquele quotidiano se repetira ao longo de mil anos, desde o surgimento do movimento monástico no Egito.
Mas, será que sempre foi assim? Esta pergunta primordial desencadeia todo o processo de pesquisa que compõe a história que tem como objetivo analisar a inserção do indivíduo no interior de uma entidade maior, a comunidade na qual ele vivia e desenvolvia suas atividades.
Nosso estudo está focado exatamente sobre um agente social, o monge, que era portador de uma dimensão religiosa e institucional na comunidade monástica que o albergava que era, por sua vez, espelho da sociedade na qual aquela se encontrava.
Porém, a relação entre a comunidade monástica e a sociedade estava marcada por algumas idiossincrasias, como o isolamento e o afastamento da primeira com respeito a segunda que tinha como principais motivações o distanciamento da tentação secular e a busca pela perfeição evangélica.
Para alcança-la plenamente era necessária a existência de um código de conduta, uma norma válida para aquela comunidade monástica, uma regra, que ordenaria os espaços internos, as relações hierárquicas e pessoais entre os monges e destes com todos aqueles que vivessem fora do ambiente monástico.
Dos diversos códigos monásticos escritos entre os séculos IV e VII no ambiente do mediterrâneo tardo-antigo, surge a regra monástica elaborada pelo bispo Isidoro de Sevilha (570? ¿ 636) e redigida nos primórdios do século VII no reino hispano-visigodo de Toledo.
Menos conhecida que outras obras escritas pelo bispo, como as Etimologias e as Sentenças, a regra monástica isidoriana destaca-se por sua precisão na organização dos espaços que deveriam existir naquela comunidade à qual sua regra foi dirigida, bem como a preocupação em ordenar os cargos e as funções monásticas voltadas à subsistência material e espiritual de todos aqueles que integravam a comunidade monástica.
Com inserção nas áreas de história, filosofia, letras e teologia, A comunidade vence o indivíduo: a regra monástica de Isidoro de Sevilha (século VII) apresenta o caminho da institucionalização do movimento monástico no reino hispano-visigodo de Toledo onde a solidão coletiva e regulada ganhou o seu lugar diante da busca pela perfeição feita de forma individual e espontânea.
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Autor(es) | |
Editora | Prismas |
Idioma | Português |
ISBN | 8555072182 9788555072185 |
Formato | Capa comum |
Páginas | 242 |
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