A pesquisa procura discutir os processos de referenciação na língua falada por adolescentes por meio da construção anafórica, dando relevância à essencialidade do sistema referencial na progressão referencial e tópica do texto oral.
O trabalho tem por base teórica os princípios da Linguística Cognitiva, para a qual o texto é o resultado de processos mentais. O embasamento teórico recorre a Lakoff & Johnson (1986), Lakoff (1987), Fauconnier (1997), Fauconnier & Turner (1994, 1995, 1998) e Salomão (1997, 1999), cujas pesquisas estão voltadas para o estudo da cognição, por meio de Modelos Conceituais e Modelos de Espaços Mentais, respectivamente; Bakhtin (1986); Goffman (1970, 1974); Mondada e D.
Dubois; Schwartz (2007); Marcuschi (1998, 1999, 2000, 2001, 2003, 2005); e Koch (2002, 2003, 2004, 2005), que voltam sua atenção para as questões da categorização, da criação de "objetos-de-discurso", da referenciação, que facilitam essa identificação.
A partir da análise, verifica-se que o modelo textual, ou memória discursiva, é continuamente elaborado, reelaborado e modificado através de novas referenciações. Por isso, o processamento textual, a progressão referencial e tópica se desenvolvem em uma constante oscilação entre os movimentos projetivo e prospectivo, que fazem o texto progredir, mediante a ativação e reativação de novas informações e a retomada de informações não novas.
Sendo assim, as associações de conhecimentos (domínios e modelos) não são suficientes para ativar ou operacionalizar cognitivamente os vários tipos de conhecimentos armazenados que entram em ação durante o processamento do pensamento e da linguagem, o que torna crucial a inserção nas práticas sociais, mais especificamente, na interação situada, pois é nela que esses conhecimentos se interconectam nas relações interpessoais para a construção do sentido.
da anáfora direta e indireta e das operações de nominalização e coerência, entre outros. Para fins de análise, busca-se investigar as correlações existentes entre os processos cognitivos e as construções lingüísticas na língua falada.
Nesse sentido, a investigação incide sobre o modo como os adolescentes constroem sentidos na fala durante suas intervenções em trocas discursivas. A discursivização do mundo por meio da linguagem, que o adolescente constrói, consiste num processo de reconstrução do próprio real, constituindo significados para o mundo na interação comunicativa.
A anáfora indireta com o pronome de terceira pessoa “ eles” sem antecedente, bem como a anáfora indireta nominal construída por metonímias, nomes genéricos e metáforas com maior produtividade na língua falada apontam para o uso de conhecimentos partilhados num grau mais elevado do que na escrita.
Os interlocutores em interação face a face têm condições mais favoráveis para identificar os referentes discursivos durante a co-construção do sentido, a que se somam os elementos extralingüísticos.
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Autor(es) | |
Editora | CRV |
Idioma | Português |
ISBN | 8580420814 9788580420814 |
Formato | Capa comum |
Páginas | 250 |
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