A Idade Média sempre rendeu bons temas para o cinema - tanto o de arte como o mais comercial. Cavaleiros mitos costumes roupas batalhas espadas escudos enfim uma série de elementos aparecem na tela e criam na olhar do espectador uma sensação de realidade.
Mas terá sido mesmo assim a Idade Média Por que será que o cinema encontrou nesse longo período histórico um motivo para os seus roteiros Em A Idade Média no Cinema recém-lançado pela Ateliê Editorial com organização dos medievalistas José Rivair Macedo e Lênia Márcia Mongelli os grandes filmes sobre o Medievo são analisados por especialistas em seis ensaios.
O livro idealizado a partir de curso de extensão universitária sobre o tema ministrado inicialmente na USP em 2001 torna-se de saída uma referência para os estudos em cinema e história.
O evento que deu origem à obra passou por várias instituições de ensino e pesquisa até 2004 atraindo público grande e interessado. Todos os estudos apresentados foram feitos por 'profissionais do Medievo' como diz Lênia Márcia Mongelli professora do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da USP.
Como ela mesma diz na apresentação do livro 'quaisquer que sejam os enfoques metodológicos e analíticos adotados nos seis ensaios abordando seis diferentes filmes textos compostos segundo o gosto e as convicções pessoais de cada autor o tema das relações entre História e ficção é uma constante'.
Essa preocupação permeia todos os ensaios. Em 'Cinema e Idade Média: Perspectivas de Abordagem' José Rivair Macedo professor de História da UFRGS faz uma introdução ao tema destacando a tradição cinematográfica de retomar os temas do Medievo como motivo para os filmes.
Como ele deixa claro quando se analisa um filme histórico 'o que está em pauta é a necessária articulação analítica entre este conjunto de elementos intrínsecos à própria expressão cinematográfica e o contexto histórico e social que o produziu'.
Macedo comenta várias obras e autores buscando a relação entre história e representação tanto no cinema comercial como no de autor. Para sua bela apresentação do assunto ele parte de três categorias de filmes propostas pelo estudioso François de la Bretecque: 'Os 'filmes de historiadores' em que a ficção pretende ilustrar um ponto de vista a respeito do passado com base num saber erudito; os 'filmes de personagens históricos' em que a época é enfocada a partir do protagonista do enredo; os 'filmes de aventura' em que a ação transcorre num passado distante e o contexto desempenha papel secundário'.
Ele comenta importantes obras de Eisenstein Bergman Tarkovski e Pasolini até desembocar no cinema de aventura hollywoodiano com sua paixão pelo ciclo arturiano sempre rendendo alguma bilheteria polpuda e muito corre-corre em cena.
Já Yara Frateschi Vieira professora de Literatura Portuguesa na Unicamp analisa A Paixão de Joana d'Arc de Carl Dreyer que teve grande preocupação com a verdade histórica; Lênia Márcia Mongelli aborda O Sétimo Selo um dos clássicos de Ingmar Bergman considerado pelo diretor como 'um poema moderno apresentado com material medieval muito livremente manipulado'; já O Incrível Exército de Brancaleone de Mario Monicelli mestre da 'Comédia à Italiana' é interpretado por Giulia Crippa professor de Ciência da Informação na USP a partir do contexto italiano em que o filme foi produzido ou seja no pós-guerra; Cybele Crossetti de Almeida professora de História da UFRGS mostra como o cinema se apropriou de práticas medievais da guerra num filme como Henrique V de Kenneth Branagh adaptado da obra homônima de Shakespeare; o 'imaginário viking' contemporâneo que entra tanto no cinema como nas histórias em quadrinhos é o tema de José Rivair Macedo no ensaio 'Rindo da Mitologia Nórdica: O Sentido da Violência em As Aventuras de Erik o Viking'; o último ensaio do livro de Eduardo Henrik Aubert doutorando em História Social na USP trata do filme norueguês Kristin Lavransdatter dirigido por Liv Ullmann.
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Autor(es) | |
Editora | Ateliê |
Idioma | Português |
ISBN | 8574804215 9788574804217 |
Formato | Capa comum |
Páginas | 272 |
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