Livro Até o Ultimo Homem. Visões Cariocas de Administração Armada de Vida Social

Fruto de uma promissora fornada de jovens intelectuais de esquerda que buscam novas bases teóricas para a crítica social, Até o último homem: visões cariocas da administração armada da vida social, organizado por Pedro Rocha de Oliveira e Felipe Brito, analisa o processo de 'legitimação' das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em um quadro de colapso e dissolução da sociedade perante a ocupação militar das favelas cariocas.

O Rio de Janeiro aparece como primeiro sintoma de que o desenvolvimentismo ufanista do Brasil nos anos 1950 e 1960 não poderia ir além do fracasso de sua própria autoimagem: 'um país do futuro em ruínas'.

Para os autores, a invasão militar das favelas cariocas é emblemática: as UPPs revelam o modus operandi da gestão do desmoronamento da sociedade brasileira pelo exercício de um poder político fundamentado na persuasão por meios bélicos.

Em um quadro pautado por megaeventos, valorização imobiliária e formação de milícias, o Rio de Janeiro parece revelar as tendências mais macabras da política nacional. À sombra do mito desenvolvimentista, o Rio de Janeiro, a cidade deixou de ser a 'velha caixa de ressonância nacional', em que se jogavam lances decisivos da política do país, para tornar-se um 'implacável laboratório de gestão da barbárie'.

Retraçando a trajetória da presença do exército nas ruas, da Operação Rio à ocupação do Complexo do Alemão, a coletânea revela aos poucos a relação entre a militarização da segurança pública e a militarização da vida social- e do cotidiano.

No paradigma da ocupação permanente posto pelas UPPs, 'a oposição entre estado de direito e estado de exceção é resolvida numa unificação'. O aparente sucesso da implantação das UPPs surge como agravante de uma reestruturação das formas de operação do crime.

As políticas de ocupação permanente tem têm como saldo o estilhaçamento, e não o fim, da venda de drogas ilegais, que continua a funcionar nas favelas ocupadas pelas UPPs, sob formas renovadas, como meio de corrupção: 'A crise tornou os ‘comandos’ da droga mais fragmentados, irracionais e autodestrutivos.

Eles deixam de representar uma alternativa econômica, ainda que perigosa e ilegal, e tendem a se tornar núcleos de pura violência.'

Ficha Técnica do Livro

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Autor(es)
EditoraBoitempo
IdiomaPortuguês
ISBN8575592874 9788575592878
FormatoCapa comum
Páginas288
Livro físico na

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