Livro Baudelaire, Eliot, Dylan Thomas. Três Visões Da Modernidade

Para que o resultado de uma tradução alcance a excelência, é preciso que haja um profundo envolvimento entre o poeta tradutor e o poeta traduzido. Simbiose alcançada pelo imortal Ivan Junqueira, um dos principais poetas brasileiros da segunda metade do século XX, que lança Baudelaire, Eliot, Dylan Thomas: Três Visões Da Modernidade, uma reunião de três ensaios sobre estes mais do que consagrados poetas da literatura mundial.

Os ensaios foram escritos por Ivan quando da tradução de As flores do mal, Poesia e Poemas reunidos. O primeiro ensaio, A arte de Baudelaire, é um longo estudo sobre o mestre, publicado inicialmente em 1985 na edição bilíngue e completa do clássico As flores do mal.

O segundo, Eliot e a poética do fragmento, acompanhava originalmente a edição de Poesia de 1981, quando chegou ao Brasil a maior parte da obra em verso de T.S. Eliot.

Em 1991, Ivan traduziu Poemas reunidos e à edição adicionou o último e terceiro ensaio, Dylan Thomas: um perfil. Revistos e ampliados para esta edição, os três textos apresentam uma bibliografia atualizada e fazem do livro Baudelaire, Eliot, Dylan Thomas: Três Visões Da Modernidade uma leitura obrigatória para os apreciadores da grande poesia.

"Ivan Junqueira pode, com justiça, se orgulhar da documentada e majoritariamente acertada, a meu ver, análise que faz em A arte de Baudelaire como introdução a suas traduções. Esse seu longo prefácio como que esgota todos os aspectos da personalidade e da criação poética de Baudelaire.

Apresenta o gênio da poesia moderna francesa para quem já o admira e para quem o vai ler pela primeira vez. E tudo sem nenhum propósito didático nem atitude risível de quem se considera dono exclusivo de Baudelaire nestas auriverdes plagas incultas e belas." - Leo Gilson Ribeiro, Jornal da Tarde "A introdução, subordinada ao título de Eliot e a poética do fragmento, em verdade é um ensaio exaustivo sobre os processos composicionais do poeta, sem dúvida o que de mais completo já se escreveu no Brasil sobre o autor de Os homens ocos, sobretudo - e mais uma vez convém insistir na importância do fato - pela indispensável visão de conjunto que proporciona.

Sua acuidade mede-se já pelo título e pela própria epígrafe eliotiana: Com fragmentos tais foi que escorei minhas ruínas (in fine, na parte V de A terra desolada - O que disse o trovão).

Ganha assim o leitor brasileiro o seu Eliot essencial." - Per Johns, Jornal do Brasil "Ivan Junqueira ainda nos oferece fecundo estudo introdutório, complementado por um prefácio geral e um prefácio às notas, em trabalho lúcido e exaustivo de levantamento de dados e diálogo com as matrizes do poeta.

Junqueira conseguiu, assim, também propiciar uma leitura paralela que ajudará, inclusive aos que conhecem a língua inglesa, a se aprofundar na complexidade da poesia de Dylan Thomas. Mas, principalmente, apesar de limites intransponíveis, conseguiu recuperar, o quanto seria possível, o misterioso encanto daquele Rimbaud de Swansea." - Elizabeth Veiga, Jornal da Tarde