Com uma arma apontada para a cabeça, Helena tem que escrever a biografia de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. Com o rei do cangaço, não tem brincadeira. Promessa é promessa.
E deve ser cumprida a qualquer custo. Helena é a narradora de Lampião na cabeça, primeiro livro de Luciana Sandroni pela Editora Rocco. Por meio da personagem, a premiada escritora de livros infantojuvenis recria a controversa trajetória de Lampião – do menino tranquilo ao temido cangaceiro que entrou para a história como um homem perigoso e violento – em um livro instigante, que conta ainda com belas ilustrações e projeto gráfico assinados por André Neves.
Ganhadora do Prêmio Jabuti de melhor livro infantil em 1998 por sua biografia de Monteiro Lobato, que recebeu ainda o prêmio O Melhor para a Criança da FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil), Luciana Sandroni mergulhou na vida do cangaceiro mais famoso do Brasil para escrever Lampião na cabeça.
Bandido ou herói? Vingativo ou generoso? A história de Virgulino Ferreira da Silva – nascido em 7 de julho de 1897, em Vila Bela, Pernambuco, e morto em 28 de julho de 1938, sua cabeça cortada exposta na escadaria da prefeitura de Piranhas, Alagoas, junto com as de outros cangaceiros de seu bando – não pode ser lida sem se levar em conta a realidade do sertão brasileiro, onde a miséria reinava e os coronéis faziam as leis de acordo com os seus interesses.
Em suas pesquisas, Helena descobre que Virgulino foi um menino esperto e inteligente. Terceiro de nove filhos, cresceu ouvindo as histórias dos cangaceiros famosos cantadas pelos artistas populares da época e brincando de “Polícia e cangaceiro”, o equivalente ao “Polícia e ladrão” da cidade.
Desde os seis anos, ajudava o pai com os carneiros e as cabras na pequena fazenda da família, e na juventude se tornou muito habilidoso na arte do couro, além de ótimo vaqueiro, excelente dançarino de xaxado e tocador de sanfona de oito baixos.
Mas por que então foi se meter no cangaço? Virgulino virou Lampião para vingar a morte do pai, em 1921. As rixas entras as famílias eram muito comuns na época e a justiça era feira “aqui e agora”.
Uma vingança puxa outra e... Virgulino nunca mais deixou de ser Lampião. Atuou no cangaço dos 19 aos 41 anos, tornando-se o bandido mais importante do século XX. Eternizou a imagem do cangaceiro – chapéu de couro com a aba virada para cima enfeitada com moedas de ouro, as cartucheiras se cruzando no peito – e até hoje é amado e odiado.
Se Lampião foi uma espécie de Robin-Hood do sertão ou apenas um cabra da peste egoísta e sanguinário que espalhava o medo e a opressão pelos povoados onde passava, até hoje há controvérsias.
Mas que sua história é fascinante, quanto a isso não resta dúvida. É justamente essa história aberta a várias interpretações que Luciana Sandroni conta no arretado Lampião na cabeça. Com uma narrativa criativa, que mistura ficção e dados reais e reflete ainda sobre o papel do escritor, a autora mostra que toda história pode ser contada de várias maneiras.
E é bom não se esquecer disso, senão o couro vai comer! Idade Mínima Recomendada: 6 Anos
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Autor(es) | |
Editora | Rocco |
Idioma | Português |
ISBN | 857980017X 9788579800177 |
Formato | Capa comum |
Páginas | 112 |
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