Livro Retratos De Uma Guerra - Historias Do Conflito Entre Israelenses E Pal

Livro reúne matérias sobre o conflito palestino-israelense escritas nos últimos quatro anos em que o repórter brasileiro Ariel Finguerman percorreu a região. Camp David, EUA, julho de 2000. Uma cena ressuscita em todo o mundo esperanças de um possível acordo de paz entre israelenses e palestinos.

O então líder da Organização para Libertação da Palestina (OLP), Yasser Arafat, caminha ao lado do primeiro-ministro israelense Ehud Barak, lembrando o efusivo aperto de mão trocado com o então representante de Israel, Yitzhak Rabin, sete anos antes.

Avançam as negociações que podem pôr termo à histórica luta entre os povos da Terra Santa. Estrada para Ramallah, três meses depois. Um táxi parte de Jerusalém com jornalistas estrangeiros.

O carro deixa os postos de controle do Exército israelense, enquanto jovens palestinos movimentam-se de um lado para outro, excitados. No rádio, a notícia que o motorista árabe traduz: "Israel está bombardeando Ramallah".

É o início da segunda Intifada, a reação de palestinos contra a presença israelenses em seus territórios. A nova etapa no processo de paz é enterrada. Desde o início da Nova Intifada, os ataques com homens-bomba palestinos e as incursões do Exército israelense na Cisjordânia e na Faixa de Gaza deixaram milhares de mortos.

O que fez as negociações de paz naufragarem quando elas pareciam avançar de vento em popa? Como entender as idas e vindas de um conflito tão enraizado na história e na crença de judeus e muçulmanos?

Que medos, preconceitos e concepções de mundo estão por trás das decisões tomadas pelos políticos de ambos os lados? São perguntas como essas que o livro Retratos de uma guerra, do jornalista Ariel Finguerman, procura elucidar.

A obra reúne matérias escritas para alguns dos principais veículos impressos do país, nos quatro anos em que o repórter percorreu a região, desde o recrudescimento do conflito árabe-israelense, que o apanhou naquele táxi para Ramallah.

Quarenta dias antes, o jornalista havia chegado à Terra Santa com a finalidade de cobrir a festa de independência palestina. Por meio de uma linguagem simples e direta, limpa de interferências, Ariel recolhe histórias de vida de quem vivencia o conflito, aproximando o leitor da realidade palestino-israelense de forma atraente e distante da maneira tradicional.

Os textos apenas fazem referência às datas históricas e descartam declarações oficiais ou militares. As entrevistas incluem o comandante guerrilheiro Marwan Barghouti, o escritor Amos Oz, o cineasta árabe Mohammad Bakri, um colono brasileiro dos territórios palestinos, meninos palestinos que "guerreiam" com pedras contra o exército israelense, os militares gays de Israel, o rabino-ministro da Autoridade Nacional Palestina e muitos outros personagens cujas trajetórias desmascaram o maniqueísmo do noticiário diário.

Ao invés disso, aparecem duas sociedades complexas, onde se alimentam o ódio e o amor pelo próximo, dois povos que se agridem e se confortam simultaneamente. Retratos de uma guerra é uma saborosa leitura para especialistas e interessados na questão do conflito árabe-israelense, e uma excelente oportunidade para leitores pouco familiarizados com o conflito imergirem no tema.

"A disputa nessa região é basicamente por terra. A questão adicional é que ela é Terra Santa", explica o autor. "Quando um dos lados precisa ceder pra chegar a um acordo de paz, fica difícil fazer concessões se um pequeno pedaço de terra tem um significado religioso.

Mesmo assim, a maior parte dos israelenses diz que apóia a criação de um estado palestino no futuro. E a maioria dos palestinos apóia o estado de Israel como vizinho de um estado Palestino", afirma Ariel.

Segundo o jornalista, um fator a atrapalhar essa difícil negociação de posições é o desconhecimento. "Não é um desconhecimento apenas por parte do brasileiro, dos estrangeiros. Os dois lados do conflito não sabem muito um do outro, apesar de se chamarem primos na Bíblia", ensina.

"Só na hora em que um dialoga com o outro é que eles mesmos percebem as diferenças culturais, que até então ignoravam. Os dois povos já entenderam que a situação atual é de guerra e que, se não houver diálogo, o que vai haver é sofrimento, destruição, morte." Essa é talvez a maior lição de Retratos de uma guerra.

Ficha Técnica do Livro

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Autor(es)
EditoraGLOBO
IdiomaPortuguês
ISBN8525039594 9788525039590
FormatoCapa comum
Páginas184
Livro físico na

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